Café com aspirina..

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Eu fui... e amanhã talvez seja... Ando tentando buscar algo de mais cartesiano em mim... Nada por vaidade desejo só desejar sempre... é guardar o que se tem de mais humano... errar quantas vezes for necessário...

Saturday, January 21, 2012

Si

Eu sei que eu não sei
amar(se) é mesmo pra poucos.

Sunday, November 06, 2011

O ROTEIRO

na Ponta da língua
o lápis
Pra marcar os olhos
Kajal
O Pó branco no rosto
Na boca o contorno
O batom
A saia, o zíper
Belisca a pele clara
Do whisky abusa
A blusa ajeita
O som
Vestiu o personagem
Atravessou a coxia
E nunca mais voltou
Rebecca era a personagem...

Sunday, December 05, 2010

Rock ‘n’ roll

Mais uma dose desta noite
um pouco bossa um pouco teia
E eu aranha querendo ser mais braço
mais abraço mais agulha mais veia

tudo me escorre na garganta
sufoca engasga engole
sexo sexo sexo
e chuva que espanca o vidro
agora escore entre meus seios
tua boca e outras bocas
e meus pequenos em teus lábios
quase tão molhados quanto a chuva

meu corpo é fluvial
águas correm pelas depressões
gemidos e gemidos e gemendo alto
chega enfim ao mar
a onda
num estouro
a praia
espuma branca
calmaria

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Wednesday, April 15, 2009

1° ato - Citotec

A angustia mira meus pés
num tablado de madeira
as cortinas negras
o velho canhão de luz cheio teias
o parto no palco
o aborto espontâneo
a atriz está nua
eu não
está nua e linda

Queria beijar aquela cena
a lá Nelson Rodrigues

O peito bate no ritmo da voz do ator
cada ato me atormenta
respiro em direção a luz
aquele cheiro de carpete velho

O que eu faço ali?
O que eu não fiz ali?

Monday, June 09, 2008

À própria poesia


Cai um pingo de azul do pincel
E num instante um céu de tinta se abre

E assim
S u c e s s i v a m e n t e
Pequeninas gotas multicoloridas
tocam a face pálida da folha
compondo um perfeito cenário

Meus pincéis recriam o mundo
Enquanto palavras não o descreve

Meus pincéis são donos de si
são donos de mim
E crêem ser a própria poesia...

Friday, May 30, 2008

Resumindo

Era uma vez...
...e viveram felizes para sempre.

Tuesday, May 27, 2008

Confesso


A palavra me comeu essa noite
E o pior é que não foi só

Entrou pela janela
eu nua na cama

abriu a cortina
deixando a lua entrar e
me gozar toda em prata

e quando farta
a lua
virou de lado
e dormiu
a palavra veio
insaciável
me lambendo inteira

em francês
latim
russo
holandês e mais

me possuiu
penetrou letra a letra
tão fundo
quase me rasga no meio
só se fez por satisfeita
quando alcançou minha alma
e me deixou sem palavras